Jovem luta por transplante de medula após plano de saúde quitar procedimento e Hospital São Rafael postegar realização
Foto: Reprodução/ Instagram
Catarine Barreto está enfrentando uma dura batalha contra a leucemia, doença diagnosticada em agosto de 2024. A luta pela vida de Catarine não se resume ao tratamento médico, mas também a uma luta constante contra o sistema de saúde e a burocracia que dificulta o acesso ao transplante de medula óssea, necessário para a recuperação da atriz.
Desde o início do tratamento, Catarine foi amparada pelo plano de saúde Blue Saúde, administrado na época pela rede Ampla. Durante os primeiros ciclos de quimioterapia, a Blue Saúde garantiu a cobertura. No entanto, mudanças no sistema de credenciamento complicaram ainda mais a situação.
A rede Ampla foi descredenciada, e, no meio desse processo, o Hospital São Rafael, único em Salvador capacitado para realizar transplante alogênico de medula óssea, também perdeu seu contrato com o plano. A partir desse momento, a Blue Saúde começou a custear os tratamentos de forma particular.
Em janeiro de 2025, a autorização para o transplante de medula óssea de Catarine foi finalmente concedida, mas, segundo a família, o hospital São Rafael, já descredenciado, se recusou a realizar o procedimento. Esse impasse gerou um ciclo de incertezas e dificuldades. Caroline Barreto, irmã de Catarine, se tornou a responsável por intermediar a comunicação entre a família, o hospital e a operadora de saúde.
Ela relata que enfrentou uma verdadeira batalha para conseguir os orçamentos necessários para a continuidade do tratamento. “Eu precisei ir pessoalmente ao hospital para cobrar orçamentos, cheguei a fazer plantão lá. E quando finalmente o hospital enviou o orçamento, a Blue Saúde pagou imediatamente”, conta Caroline, demonstrando a frustração diante da falta de agilidade do hospital.
O caso tomou proporções jurídicas, com a família buscando o auxílio da justiça. A advogada da família entrou com uma ação judicial, incluindo o hospital São Rafael como réu, para garantir que o procedimento fosse realizado quanto antes. Apesar da liminar já ter sido emitida, o cumprimento da decisão tem sido lento, e o tempo corre contra a vida de Catarine. A médica que acompanha o caso alertou que, caso o transplante não seja realizado dentro de um prazo de 30 dias após o ciclo de imunoterapia, há risco da doença voltar e se agravar.
“Estamos tentando agilizar a justiça, mas está tudo muito moroso. Hoje mesmo, meu advogado vai ao fórum novamente, tentando acelerar o processo”, explica Caroline.
A família recorreu às redes sociais para sensibilizar a sociedade e pressionar as autoridades e empresas envolvidas a cumprirem suas responsabilidades. “Estou desesperada. Já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas precisamos de ajuda urgente. A situação é crítica”, afirma Caroline.
Fonte: Bahia Noticias
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