Uma bala na história: Há 70 anos, suicídio de Vargas mudava os rumos do país

 Tragédia parou o país e adiou em 10 anos o golpe militar

Foto: Reprodução/Acervo Nacional

Era justamente um 24 de agosto como este, quando uma tragédia modificou radicalmente o cenário político no país. Chegou a atrasar por 10 anos o golpe militar. Tratava-se de terça-feira aparentemente comum de 1954, mas que entrou para a história. Logo nas primeiras horas da manhã, uma edição extraordinária na rádio anunciava aos ouvintes:  
no Palácio do Catete, Rio de Janeiro, o então presidente Getúlio Vargas havia cometido suicídio

A tragédia aconteceu em meio a uma das piores crises políticas do Brasil. Vargas estava sob intenso assédio e perseguição, inclusive da imprensa. Tudo piorou a partir do dia 5 de agosto de 1954, no episódio conhecido como Atentado da Rua Tonelero. Foi uma ação violenta, com viés político, cujo alvo era Carlos Lacerda, o principal opositor do presidente. O ataque resultou na morte do major-aviador Rubens Florentino Vaz.

As desconfianças voltaram-se para Vargas, mas, como pontuou o professor e historiador Carlos Zacarias em entrevista à Metropole, mais tarde descobriu-se que ele não tinha envolvimento. "Na verdade, tinha a ver com uma figura muito próxima a ele, Gregório Fortunato, que tomou para si as dores de seu patrão, cujo adversário o defenestrava cotidianamente”, relembrou o historiador.

Oposição, militares e a população pressionavam por sua renúncia. Enquanto isso, ministros se dividiam, o aconselhavam a continuar o mandato ou a acabar com a guarda nacional. Na noite de 23 de agosto, ele se reuniu com seus ministros madrugada a dentro e depois se recolheu aos seus aposentos. Ao amanhecer, as rádios já anunciavam o suicídio do presidente. O ato mudou os rumos do país.

A população foi às ruas, mas desta vez em apoio ao “Pai do Povo”. Já os militares foram surpreendidos com a tragédia, que acabou adiando que estava sendo penejado para 10 anos depois. “As classes dominantes no Brasil costumam mobilizar a ideia de que os governos estão envolvidos em corrupção para poder atacar os políticos, porque a ideia de que os políticos roubam é uma ideia muito fácil de ser assimilada pelas pessoas [...] Foi o que aconteceu em 1954”, refletiu o professor.


Fonte: Metro 1


Redação : Altamirando de Lima ( Radialista DRT 5842 )
Siga Miranda News nas redes sociais e acompanhe as informações de Alagoinhas, da Bahia, do Brasil e do Mundo.
Facebook : Miranda de Lima /  Instagran : sitemirandanews 
Instagran : pastores.mirandaerosangelalima

   


Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.