México pode eleger 1ª presidente mulher em eleições neste domingo

 

Eleições deste domingo (2/6), que vão contar com cerca de 98 milhões de eleitores, devem escolher primeira mulher para a Presidência do país



México pode realizar um feito histórico nas eleições deste domingo (2/6) ao eleger a primeira presidente do país no pleito, em que cerca de 98 milhões de mexicanos vão escolher os representantes para os mais 20 mil cargos públicos em disputa.

Segundo pesquisa divulgada pelo instituto Mitofsky na última quarta-feira (29/5), realizada entre os dia 22 e 27 de maio, Claudia Sheinbaum aparecia com 50% das intenções de voto contra 34% de Xóchitl Gálvez.

Sheinbaum faz parte de uma coalizão governista denominada “Vamos Continuar Fazendo História”, composta pelos partidos Movimentação Regeneração Nacional, Partido Verde e Partido Trabalhista.

 A eleição da ex-chefe de governo da Cidade do México – cargo equivalente a de um governador no Brasil – representa uma continuidade das políticas do atual presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

Já a segunda colocada nas principais pesquisas eleitorais do México, Xóchitl Gálvez, faz parte da coligação de oposição Força e Coração Pelo México, formada pelos partidos PRD, PRI e PAN.

Xóchitl, ex-senadora e prefeita da cidade de Miguel Hidalgo, compõe uma ala que flerta com ideologias de centro-esquerda, centro-direita e direita. A candidata já foi apoiada pelos ex-presidentes mexicanos Felipe Calderón e Vicente Fox.

Na terceira colocação aparece Jorge Álvarez Máynez, do Movimento Cidadão, com o apoio de apenas 13% do eleitorado mexicano.

Violência
Enfrentando uma onda de violência generalizada, a segurança das eleições deste domingo será reforçada com mais de 27 mil militares que vão vigiar o pleito.

Ao todo, o governo de Obrador anunciou que 27.245 soldados e membros da Guarda Nacional vão trabalhar nas eleições. “(Para que eleitores) possam ir votar com calma, segurança, sem medo”, disse o atual presidente mexicano em uma entrevista coletiva na última terça-feira (28/5).

O reforço na segurança se dá por conta da violência política que se espalhou pelo país desde o último ano. Segundo dados do Laboratorio Electoral, 82 pessoas foram assassinadas entre junho de 2023 e maio de 2024 em crimes considerados políticos.

De acordo com a secretária de Segurança do México, Rosa Icela Rodriguez, 22 candidatos a cargos locais foram assassinados durante o processo eleitoral que teve início em setembro passado.

Além do reforço em todo o país, a violência eleitoral fez com que o governo de Obrador designasse 560 militares para acompanhar os candidatos e seus funcionários, sendo 24 só para os três concorrentes à presidência do país.

Fonte Metrópoles





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