Influenciadora é denunciada pelo MP por associar tragédia climática do RS a religiões de matriz africana
Michele foi acusada após publicar um vídeo nas redes sociais associando a tragédia climática no Rio Grande do Sul às religiões de matriz africana
Foto: Reprodução/Redes sociais
No vídeo, Michele afirma que as chuvas intensas e enchentes que deixaram mais de 540 mil pessoas desalojadas, 154 mortas e outras 94 desaparecidas foram motivadas pela "ira de Deus". Em suas declarações, a influenciadora mencionou a presença de terreiros de macumba no Rio Grande do Sul como um motivo para a tragédia, sugerindo que a mistura do sagrado com o profano estava atraindo a punição divina.
Em resposta à denúncia, o Ministério Público pediu à Justiça que Michele seja proibida de deixar o país sem autorização judicial e de fazer novas postagens relacionadas a religiões de matriz africana ou à tragédia no Rio Grande do Sul. A promotoria sustenta que a influenciadora não só cometeu um crime, como também incitou milhares de pessoas à discriminação e ao preconceito. Até a última atualização, a defesa de Michele não havia se manifestado sobre o caso.
Este episódio acontece em um contexto de aumento da intolerância religiosa no Brasil. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos,em 2022, houve 1.200 ataques a religiões de matriz africana, representando um aumento de 45% em relação a 2020. A legislação brasileira, endurecida em 2023, equipara os crimes de intolerância religiosa ao racismo, prevendo penas de 2 a 5 anos de reclusão.
Fonte Metro 1
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