Cerca de 270 prisões já foram efetuadas pela Polícia Civil neste ano em Feira de Santana
O coordenador da Polícia Civil também chamou a atenção para o grande número de jovens e adolescentes envolvidos no crime.
“Certamente é um mês que iniciou já quente em relação aos homicídios. De todo modo, ressalto as ações da polícia. Ontem uma liderança criminosa aqui de uma facção foi presa depois de informações trocadas, entre a Polícia Militar e a Polícia Civil. Um indivíduo muito forte foi preso, inclusive mandante de diversos homicídios aqui na região. Então, uma ação muito importante da Rondesp. Por outro lado, esses indivíduos que mataram, a gente percebe que já há indicativo de autoria pela Delegacia de Homicídios. Estão sendo trabalhadas essas cautelares para poder fazer operações, para buscar esses autores. Outro ponto também que se destaca é em relação às vítimas, são vítimas jovens de fato, mas envolvidas de algum modo diretamente ou indiretamente com o tráfico de drogas, o que é algo que a gente percebe numa constância nesses homicídios. É um ciclo constante de mortes e eles se matam entre eles nessa guerra de facções”, pontuou.
De acordo com o delegado, somente neste ano, cerca de 270 prisões já foram efetuadas. Ele destacou que muitos jovens estão sendo aliciados ao crime de tráfico de drogas.
“Cabe a nós da Polícia Civil atuar de forma repressiva, buscando autoria e materialidade para poder justamente indiciá-los nos inquéritos e levá-los à justiça. É isso que a gente tem feito, temos feito diversas operações, inclusive, já estamos chegando na casa dos 270 prisões só esse ano pela Polícia Civil, então é um número muito expressivo. Ao mesmo tempo, a gente tem que seguir no trabalho sério, focado, buscando sempre reduzir, buscando sempre e tentando também, como eu digo sempre, resgatar esses jovens da criminalidade. A gente percebe que o tráfico está cooptando esses. Eles entram muitas vezes como usuários, e daí, o que se percebe? De usuário, ele se torna às vezes um devedor de drogas, do tráfico, e acaba ou iniciando a matança ou então iniciando o próprio tráfico mesmo e, lógico, ele não comete crime ainda, ato infracional análogo ao crime, mas ele já vai como se fosse se aperfeiçoando nesse mundo da criminalidade e quando cresce, quando fica maior, ele segue essa mesma linha, eu digo, em tese de profissão. Então, infelizmente, é algo que a gente vê muito, não é algo que é particular de Feira de Santana. A gente percebe isso em todos os lugares do Brasil, de modo que eu acredito muito que a gente como polícia também, e a gente tem feito isso aqui já, um ciclo de palestras constantes, o tempo todo, nas escolas, sejam particulares, seja públicas, para poder justamente tentar ainda, de algum modo, dar uma perspectiva nova para esses jovens, para que eles não enveredem pelo mundo do crime”, destacou.
Recuperação de aparelhos celulares
Ao Acorda Cidade, o delegado Yves Correia também pontuou sobre a recuperação de aparelhos celulares, sendo posteriormente, devolvidos às vítimas.
“Ontem por exemplo recuperamos dois, inclusive com a identificação de um autor, autor do roubo do motorista de aplicativo. A vítima acabou deixando cair o próprio celular no carro, então foi ótimo, porque a equipe conseguiu identificá-lo e já estava interrogando ele, então com isso, estamos conseguindo identificar receptadores, lojas que vendem aparelhos roubados, e intensificando as investigações e recuperando e devolvendo para as vítimas. O trabalho está sendo constante, estão havendo várias recuperações, e estamos seguindo firmes para poder recuperar o máximo que pudermos, para poder dar uma sensação para a população melhor, e ao mesmo tempo evitar futuros roubos e furtos”, afirmou.
Operação no Feiraguay
Com relação à esta operação, o coordenador da 1ª Coorpin declarou que todas as operações possuem um alvo, e não somente mercadorias falsas foram identificadas, assim como também um depósito de drogas.
“É lógico que a gente busca os principais, os fornecedores, então você tinha uma investigação aí profunda da 2ª Delegacia Territorial, junto com a Receita Federal, junto com os representantes das marcas, de modo que são alvos específicos. Alvos que estavam como suspeitos até de terem depósito de drogas e armas, então assim, nem é algo só focado, ainda específico na questão da falsificação. A polícia tem trabalhado de forma séria buscando mudar uma realidade que a gente percebe, que às vezes acha-se, inclusive, que o comportamento socialmente aceito revoga o crime. O artigo 184 do Código Penal está em vigor. Pirataria é crime formal, ou seja, independe do resultado. De modo que em tese, se parássemos para pensar, poderíamos levar todas as mercadorias de todos os locais em tese, porque estão, de fato, se consumando aquele crime. Mas as investigações estão direcionadas, focadas em autores específicos e, é lógico, na investigação da 2ª Delegacia Territorial vai se definir, de fato, quem é o responsável, se tem alguém acima, fabricando, enfim, fornecendo”, explicou.
Fonte Acorda Cidade
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