Professor preso por roubo e sequestro é solto pela Justiça após escola comprovar que ele trabalhava na hora do crime.
Clayton foi reconhecido pela vítima em uma fotografia mostrada no celular de um dos policiais em frente ao portão da casa dela
Clayton Ferreira Gomes dos Santos, professor negro, preso na última terça-feira (16) por suspeita de sequestro e roubo contra uma idosa de 74 anos em Iguape, município litorâneo do sul de São Paulo, foi solto nesta quinta-feira (18) após emissão do alvará de soltura emitido pela Justiça.
Na quarta-feira (18), o advogado do professor de educação física, Danilo Reis, impetrou o habeas corpus, concedido pela Justiça em caráter liminar após a Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, na Zona Sul de São Paulo, onde ele trabalha, ter declarado que Cleyton dava aulas de educação física no mesmo dia e horário da ocorrência.
Conforme uma entrevista da idosa, vítima do crime, à TV Tribuna, o reconhecimento facial que utilizado para embasar o pedido de prisão à Clayton sequer foi feito na delegacia, mas sim no portão da casa dela. A mulher afirmou ainda, nesta quinta-feira (18), que policiais civis foram até o portão da casa dela com a foto de um homem no celular.
O alvará de soltura foi expedido nesta tarde. Ao sair, o professor foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por exame de corpo de delito antes de voltar para casa para encontrar com a esposa. A imprensa Clayton afirmou não entender o motivo pelo qual teve a prisão temporária decretada, já que nunca esteve na cidade de Iguape, que fica a mais de 200 quilômetros (km) do local onde ele vive.
O professor disse que continuará auxiliando nas investigações e que, quanto mais rápido resolver a situação, melhor para todos, e que estava aliviado por estar em casa novamente e lembrou que já passou por diversas dificuldades na vida, mas jamais imaginou viver algo semelhante ao que houve nos últimos dias.
Clayton, bastante emocionado, ressaltou que cogita aproveitar os dois dias de folga que tem direito para “colocar a cabeça no lugar” e, logo após, retomar as atividades como professor de educação física o mais breve possível.
Fonte: Metro 1
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