“Mais cedo ou mais tarde, a Igreja Católica vai ter que aceitar casamento entre gays”, diz Luiz Mott
Fundador do Grupo Gay da Bahia concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (18)
Foto: Matheus Simoni/Metropress
O antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, falou, nesta segunda-feira (18), sobre a decisão do papa Francisco de liberar os padres a concederem bênçãos para casais homossexuais.
“Esse papa é morde e assopra, quando foi cardeal em Buenos Aires era homofóbico declarado. Quando foi eleito papa, melhorou muito o discurso, principalmente em comparação ao anterior, Bento XVI. [Mas a decisão dele] é um progresso fantástico”, disse Luiz Mott, em entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio Metropole.
Para ele, é inevitável a adaptação da Igreja Católica às demandas sociais da contemporaneidade. “A igreja mais cedo ou mais tarde vai ter que aceitar o divórcio, o casamento dos padres, o casamento entre gays, lésbicas e transexuais. Essa autorização do papa é um bom caminho para essa nova era”, ponderou.
Ainda em entrevista, o antropólogo relembrou, que apesar dos avanços e conquistas para o movimento LGBTQIA+, o Brasil ainda lidera o ranking de país com maior número de assassinatos desse grupo.
“Os assasssinatos são o grande problema da comunidade LGBT, todo dia um gay, uma travesti, uma lesbica, um bissexual é assassinado. O Brasil detém essa triste posição de líder mundial de mortes violentas, suicídios e homicídios. Porque o suicidio é uma morte violenta originada da homofobia internalizada”, concluiu.
Fonte Metro 1
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