'Rei da Cachaça' foi preso durante visita a casa de parentes em BH, diz advogado
Segundo a defesa do homem, condenado a 15 anos de prisão por estupro e estupro de vulnerável, trata-se de um dos "grandes erros" da Justiça
Fundador de algumas das cachaças mais famosas de Minas, Toni Rodrigues foi preso em BH na sexta (18) — Foto: Divulgacao / Cachaca Seleta
Empresário de Salinas, cidade do Norte de Minas Gerais, Toni é proprietário das marcas Seleta, Saliboa e Boazinha, algumas das mais famosas do Estado, que é conhecido pela qualidade de sua produção de cachaça. Ele estava foragido desde junho deste ano, após ser condenado por dois estupros e um estupro de vulnerável.
A prisão ocorrida na sexta-feira no Centro da capital mineira foi divulgada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Conforme o órgão, a sentença criminal já está transitada em julgado — quando há mais possibilidade de recursos — e o homem foi condenado a uma pena de 15 anos de prisão. A pena deve ser cumprida em regime fechado.
Segundo advogado, prisão é um "erro da Justiça"
Na nota divulgada pela defesa do empresário, o advogado Maurício Campos afirma que o caso de seu cliente "pode ser inscrito entre os grandes erros do Poder Judiciário".
"Antônio foi absolvido pelo Juiz da Comarca de Salinas e igualmente absolvido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que reconheceram que a prova era confusa e contraditória. Lamentavelmente, a condenação resultou de uma decisão monocrática de um ministro do STJ, longe dos fatos, longe das provas e das pessoas envolvidas, que não foi possível reverter nos tribunais superiores", completa o advogado do "Rei da Cachaça".
Segundo marca, sócio fundador está "afastado"
Já a Seleta informou que Antônio Rodrigues, sócio fundador da marca, se encontra "afastado das atividades de gestão da empresa em virtude de graves problemas de saúde".
"Diante dos problemas pessoais enfrentados pelo seu sócio fundador, a Seleta continua a operar de forma regular e independente", finaliza a empresa.
Os crimes
O caso tornou-se público em agosto de 2014, quando o empresário foi preso suspeito de abusar de um menino de 14 anos e uma menina de 15. Ele também teria tentado matar um jovem de 18. Após a detenção, um adolescente de 13 anos procurou a delegacia para fazer uma nova denúncia de abuso sexual.
Cerca de um mês após a prisão, ele conseguiu, na Justiça, o direito de liberdade, enquanto as investigações prosseguiram. As conclusões apresentadas pela Polícia Civil e encaminhadas ao Ministério Público levaram à condenação do homem.
Por Miranda News Fonte O Tempo
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